"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2009/03/07

por e-mail


Terço, abaixo, uma breve crítica ao serviço social. Na verdade é um desabafo diante da conjuntura político-econômica vigente e uma extravasão minha diante de iniciativas tais como o Projeto "Território de Paz", inaugurado hoje, dia 06/03, pelo presidente Lula, aqui em Vitória, com verba do Pronasci do governo federal que "ameniza" mazelas, porém não resolve a questão social.

Assistência social e assistencialismo são sinônimos?


Não são, entretanto, para indivíduos e profissionais reformistas, empossados nos cargos governamentais, lotados nos espaços de poder ou integrantes das revisionistas linhas nas fileiras da pseudo ou cripto esquerda, aparelhados ou não. As ditas "políticas assistenciais" são portanto, formas de controlo social mediante a gestão da miséria com parcas e pontuais aplicações de recursos, ou seja, distribuição de migalhas (que caem das mesas da perniciosa e "fausta" burguesia) para o controlo das massas.



A domesticação ou catequização do pobre pela filantropia ou caridade, mero capítulo da famosa historieta que retrata a dialética do opulento/miserável, subproduto do sistema sócio-político-econômico capitalista, onde a "problemática social", "caso de polícia", advém da desigualdade na esfera da produção, na relação entre capital e trabalho, segundo análise da Teoria do Valor-Trabalho.


As expressões "paz social", "promoção da coesão social", "harmonia social", "intermediação de conflitos", etc. perquiridas pela assistência social, agentes do Estado burguês e da "privataria" do Terceiro Setor, constituem-se simplesmente num estratagema de preservar/salvaguardar as instituições sociais, o maldito Estado e o capital de surtos espasmódicos de violência que engendrariam convulsões sociais e conseqüencialmente (e possivelmente) a revolução social.


Mikhail Bakunin:

"Libertad sin socialismo es privilegio y injusticia, socialismo sin libertad es esclavitud e brutalidad."

Um comentário:

Anônimo disse...

hannah arendt:

"Os homens, na medida em que são mais que a reação animal e que o desempenho de funções, são inteiramente supérfluos para os regimes totalitários. O totalitarismo não tende a um reino despótico sobre os homens, mas a um sistema no qual os homem sobram."