"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2009/03/02

visões antropofágicas


OS SENHORES DOS ANÉIS, ELES ADORAM CRISES...
el_brujo


Além das infindáveis tentativas de controlar, adestrar, administrar, padronizar, manipular e gerenciar os comportamentos cotidianos, bem como os pensamentos mais particulares e íntimos dos indivíduos inseridos ou não no mundo do trabalho, esses senhores buscam aviltar mais ainda os nossos parcos salários/ rendimentos.









Os mais 'espertos' dos espertos estão se proveitando da crise que campeia solta pelos quatro cantos do mundo, faço um pequeno destaque, pois esta crise é de falta credibilidade junto ao mercado, aos políticos e também, é mais do que claro, aos gestores da economia global. Eles – os senhores dos anéis – impõem férias forçadas, reduzem a jornada de trabalho atrelando-a ao achatamento dos proventos e, também, demitem sem dó ou piedade, sem qualquer critério lógico...

O oprtunisto destas ações está bastante claro, pois serão depois, em parte, readmitidos por valores bem inferiores aos já pagos pelo mercado... Buscando assim a maior redução dos custos de produção, bem como melhores condições de financiamento junto às instituições governamentais – assustadas com o número sempre crescente de excluídos, digo, dos párias da sociedade capitalista – para seus antigos, e também para os novos investimentos financeiros, pois do seu mesmo ninguém 'aplica' nada nesse jogo de dados.

A conseqüência direta é um acúmulo acentuado de mais capital nas mãos de um seleto grupo de espertos vendilhões com sua perspicácia empreendorística. Portanto, preparem-se para o próximo boom econômico, pois muito em breve teremos mais um troca-troca desenfreado de carros importados, todos eles de última geração, top de linha!








Quem viver verá, que esta crise é mais uma artimanha contábil: milhões, bilhões e trilhões são tudo isso uma pura ilusão de ótica, pois esses valores não têm qualquer vinculação com o mundo real da produção de bens e serviços, pois nada representam, é só um faz de conta, pantominias e patuscadas visando somente o acomodamento das rebeldias em parâmetros toleráveis dos passivos expectadores desta comédia humana.

A única certeza desta encenação toda é que eles sairão cada vez mais fortalecidos de mais esta crise, e isto com a ajuda do erário público administrado pelo governo dos trabalhadores (sic!) para socorrê-los neste momento em que a máxima são franciscana se aplica com perfeição: é dando que se recebe!

De passagem, lembrei-me de um pequeno trecho de Michael Foucault:

"O homem só se emancipa e se liberta através do esforço coletivo de toda a sociedade"


e o visceral Mídia Rebelde disse...

"o que faz com que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como a força que diz não, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso"


FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Editora Graal. RJ. 1979. pp 8.

Um comentário:

Carlos Baqueiro disse...

"o que faz com que o poder se mantenha e que seja aceito é simplesmente que ele não pesa só como a força que diz não, mas que de fato ele permeia, produz coisas, induz ao prazer, forma saber, produz discurso".
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Editora Graal. RJ. 1979. pp 8.