"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2009/11/12

por e-mail__07

Mostra até dia 14/11/2009 na biblioteca Municipal de Londrina

Um mundo sem governantes, regido pelo amor livre e a coletivização dos meios de produção, fascinou gerações. Atacado tanto pela direita quanto por setores da esquerda, o pensamento anarquista mobilizou grande parte dos movimentos operários e sociais surgidos no Ocidente a partir do final do século 19.

A exposição ''A Imagem Anarquista'', em cartaz na Biblioteca Pública Municipal de Londrina, traz um panorama das ideias libertárias através de painéis com reproduções de charges e recortes de jornais. O material foi pesquisado no acervo do Centro de Documentação da Unesp-SP.

''Na verdade, a mostra completa reúne cerca de 300 imagens. Tive que reduzí-la para 45 por falta de espaço'', diz Alberto Gawryszewski, docente do Departamento de História da UEL e responsável pela montagem. Entre os temas representados nos painéis figuram a exploração no trabalho, os mártires e heróis dos trabalhadores, a repressão policial, as festas, os comícios e as ações diretas.

Uma parte da iconografia foi extraída de jornais holandeses, argentinos, espanhóis e americanos. Algumas imagens tratam do movimento anarquista brasileiro nas três primeiras décadas do século 20. De acordo com o organizador, o pensamento libertário teve grande visibilidade no meio operário pelo uso de desenhos e ilustrações como meios para divulgar suas manifestações.

A imagen passou a ser um instrumento de educação política por facilitar a transmissão da mensagem ao leitor, que se identificava enquanto indivíduo ou classe social na representação visual. Gawryszewski conta que, além da exposição, o projeto de resgate do movimento anarquista envolve a realização de um video-documentário e a publicação de um livro temático, tudo com patrocínio da Petrobrás.

''Eles seriam lançados junto com a exposição, mas tudo atrasou por causa da gripe suína que paralisou as atividades acadêmicas no mês de agosto. Se não der para fazer o lançamento até dezembro, deixaremos para o próximo ano'', diz. O livro, já pronto, foi escrito em parceria com Paulo Alves e Isabel Bilhão, também docentes do Departameto de História da UEL.

A mostra será realizada até dia 14 de novembro,
de segunda a sexta, das 8h às 19h,
e aos sábados, das 8h às 13 horas.
( Biblioteca Púbica Municipal de Londrina).

* Fonte e texto publicados pela Folha de Londrina

extra:

"O material aborda as relações entre os anarquistas e o governo, mostrando como eram feitas as críticas, de um para o outro. Além do material gráfico, a exposição ainda conta com reportagens, poesias, entre outros. Contudo a imagem era uma das mais importantes ferramentas para a comunicação entre as pessoas, já que a maioria era analfabeta ou desconhecia língua portuguesa.

De acordo com a técnica de gestão da Biblioteca Pública Municipal de Londrina, Lucinéia Chamorro, a exibição é uma maneira das pessoas conhecerem ou relembrarem um pouco da história do Brasil. “O anarquismo foi algo que marcou o país. Muita coisa aconteceu no meio desse contexto histórico. Então, fica o convite para que os mais velhos venham relembrar as práticas da época e os mais novos venham para adquirir mais conhecimento”, relatou."

http://www.jornaluniao.com.br/noticias.php?noticia=3951

Um comentário:

Lucas disse...

Camarada, olha que bacana, fui buscar informações aqui na UEL sobre o Paulo Alves. E descobri que no ano que vem ele lançará um livro com a biografia de Gigi Daminani. Um abraço libertário!