"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/03/01

extraindo conceitos__30

“uma nação tem os delegados
que ela merece.”

Sempre que um direito torna-se dever, a vitória de sua conquista é transformada em derrota e as causas que o justificam configuram um verdadeiro engodo. Essa constatação cabe ao pensarmos sobre as eleições.

Não há dúvidas de que o sufrágio universal é preferível em relação às ditaduras. Por muito tempo foram realizadas lutas pela realização de eleições livres e universais, sendo que em alguns países de política baseada na tradição iluminista isso não é um direito.

Qualquer governo ditatorial, se fosse efetivamente satisfatório, não necessitaria de uma ditadura para se manter no poder.

A crítica anarquista não é em relação ao sufrágio em si, mas a todo o sistema de ilusões e desmobilização de ações populares, provocadas pelo sistema eleitoral.

Falando em outros termos, é historicamente comprovado que profundas alterações sociais não saem de dentro de urnas.

Críticas ácidas ao sistema representativo eleitoral contemporâneo, às farsas perpetradas pelos candidatos e ao profundo desejo de açoite das massas de votantes são encontradas neste livro*, traduzindo muito do que os anarquistas pensam sobre o assunto.

O tom da obra é sintetizado pelo militante francês Zo D’Axa ao concluir que “uma câmara composta de deputados idiotas e deputados desonestos representa maravilhosamente bem [...] os Eleitores que vocês são.” Em suma, “uma nação tem os delegados que ela merece.”

*OS ANARQUISTAS E AS ELEIÇÕES
(R$ 15,oo)
Mikhail Bakunin - Piotr Kropotkin - Errico Malatesta - Octave Mirbeau - Jean Grave - P. J. Vidal - Jaime Cubero - Zo D'axa;

editora imaginário.

4 comentários:

jack, o estripador disse...

na década de oitenta íamos às ruas cantando:

o povo unido governa sem partido;
o povo organizado governa sem estado!

Anônimo disse...

de dois em dois anos essa questão é recorrente:

sem igualdade econômica a liberdade política se esvai pelo ralo da pia…

Lucas disse...

anônimo, a liberdade é a mãe da ordem, e não o contrário. Por ela conquistaremos igualdade econômica, sem ela a minoria poderá continuar dominando com muito mais facilidade.. Revoltado, valeu por mais essa postagem!! : ) qualquer hora conheça meu novo e humilde blog: http://antiautoritario.blogspot.com/

abraços!

Anônimo disse...

bakunin:

"É preciso que compreenda que não existe liberdade sem igualdade e que a realização da maior liberdade na mais perfeita igualdade de direito e de fato, política, econômica e social ao mesmo tempo, é a justiça."