"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/04/29

1º. de maio

Primeiro de Maio

Anarquismo,

o Massacre de Haymarket e

os Mártires de Chicago

Felipe Corrêa -- f.a.r.j.

Todos os anos nos deparamos com as tais festas do Primeiro de Maio, promovidas pelas grandes centrais sindicais e que enchem praças e avenidas com milhares de pessoas. Com o objetivo de atrair o público, em meio aos shows de artistas famosos, sorteiam até carros e apartamentos.

Esquecemos, no entanto, que as origens dessa data tão importante marcam a luta dos trabalhadores contra as mazelas do capitalismo e suas brutais conseqüências sobre homens e mulheres.

Como sempre, a história é contada pelos vencedores, e assim também aconteceu com a história do Primeiro de Maio, que até hoje não é muito conhecida.

A mobilização dos operários de Chicago e de outros lugares do mundo aos fins do século XIX, reivindicando a jornada diária de oito horas de trabalho refletia uma luta contra o sistema capitalista e as péssimas condições a que estavam submetidos os trabalhadores.

A relevância atual desse tema é que os motivos que levaram a essa mobilização não mudaram tanto de lá para cá.

Continuamos a viver em uma sociedade em que reina o desemprego e que esse serve de base para que salários cada vez mais baixos sejam pagos aos trabalhadores, e que o medo da perda desse emprego seja um fator que muitas vezes impede o trabalhador de se mobilizar politicamente.

Continuamos a viver em uma sociedade em que impera a pobreza e a fome de muitos, para o benefício e a prosperidade de poucos. Ainda não temos o controle completo sobre nosso trabalho. As decisões sobre aquilo que nos afeta ainda estão conferidas a outros.

Ainda não recebemos todos os frutos de nosso trabalho, que são roubados pelos proprietários das empresas para as quais trabalhamos. E essas são apenas algumas semelhanças dos fins do século XIX e dos dias de hoje.

fonte:

Faísca Publicações Libertárias

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