"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/06/04

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QUARTA-FEIRA, 2 DE JUNHO DE 2010


NOTA DE FALECIMENTO

Morreu na tarde de hoje (02/06/2010), aos 99 anos, o anarquista, ex-combatente da guerra civil espanhola e militante do Centro de Cultura Social de São Paulo, Diego Gimenez Moreno.

Nascido em 10 de abril de 1911, em Jumilla, província de Múrcia, Diego engaja-se aos 17 anos no movimento anarquista espanhol e em seguida na Guerra Civil.

Ferido em combate, é hospitalizado e em seguida, com a vitória franquista, encarcerado no campo de concentração Mauthausen, na fronteira com a França.

Uma experiência que descreveu no seu livro Mauthausen – campo de concentração e de extermínio (São Paulo, Edições Hispanoamericanas, 1975, 236pp).

Escapa para França, chegando em seguida ao Brasil em 1942, onde participa ativamente das atividades anarquistas na cidade de São Paulo.

Diego trazia um mundo novo em seu coração.

Durante uma conferência no CCS pronunciada em 2001, declarou: “O patrão não se discute, suprime-se!”

Exemplo de uma existência libertária, deixa um enorme vazio; mas parte após ter semeado muitas primaveras.

Mesmo subtraído ao olhar dos amigos, sua glória perdura na nossa memória, pois a recordação dos grandes homens não é menor que sua presença.

Saudades dos amigos do Centro de Cultura Social!

ccssp@ccssp.org

p.s.:
ao divulgar esta triste notícia, "o homem revoltado" presta sua pequena homenagem ao revolucionário combatente em espanhã: gimenez moreno!

anônimo:

Quando morre um anarquista
Se quebra uma lança
Uma flor seca
Choram os homens íntegros


Quando morre um anarquista
Algo se apaga
O ar desaparece
Se reúnem as estrelas
E o acompanham
Na última viagem


Quando morre um anarquista
A liberdade perde força
A justiça se afasta
A poesia se quebra
Adoece a esperança.


Quando morre um anarquista
Todos os párias do mundo
Morrem um pouco


A. Jimenez

Um comentário:

Anônimo disse...

Quando morre um anarquista
Se quebra uma lança
Uma flor seca
Choram os homens íntegros

Quando morre um anarquista
Algo se apaga
O ar desaparece
Se reúnem as estrelas
E o acompanham
Na última viagem

Quando morre um anarquista
A liberdade perde força
A justiça se afasta
A poesia se quebra
Adoece a esperança.

Quando morre um anarquista
Todos os párias do mundo
Morrem um pouco

A. Jimenez