
Recentemente, foi lançado pela editora Annablume o livro “O niilismo social: anarquistas e terroristas no século XIX”, de autoria do historiador Fabrício Pinto Monteiro. O autor que "não é nenhuma ‘estrela’ do universo universitário; não propõe complexas relações teórico-especulativas oriundas de discussões “umbigocêntrigas” da academia para a história do movimento anarquista. Sendo um professor da Educação Básica, a preocupação foi a de escrever uma narrativa feita realmente para ser entendida, embora não puramente descritiva (após a Introdução – eu acrescentaria; pode ser que alguns achem o esclarecimento inicial sobre o problema do niilismo um pouco enfastioso...).
O uso da violência é sempre um tema polêmico nos estudos políticos e quando esta violência toma a face do terrorismo, um incômodo ainda maior surge para as sociedades contemporâneas. A ameaça terrorista torna-se mais assustadora pela dificuldade que as nações ocidentais (principalmente) possuem ainda hoje em compreender os sentidos desse tipo de ação. Muitas vezes, rotular os terroristas com epítetos que pretendam encerrar a discussão – “são apenas ‘fanáticos’ ou ‘loucos’, basta trancafiá-los ou eliminá-los” – parece suficiente para a maior parte das pessoas. A situação não é tão diferente quando o assunto volta-se ao terrorismo revolucionário do século XIX: até grandes historiadores do movimento anarquista (como Max Nettlau, o “Heródoto da Anarquia”) mostraram-se constrangidos ou esquivos quando em suas obras tropeçaram no incômodo período do terrorismo ácrata. Para o “niilismo russo”, discutido no primeiro capítulo do livro, o desprezo dos estudiosos em geral é ainda maior. Faz-se, então, o convite ao leitor: que inicie a leitura deste livro aqueles que não se contentam apenas com soluções demasiado simplistas para o problema da violência política – como o falsamente conveniente “fanatismo” – e que acompanhem esta tentativa de destrinchar o emaranhado de sentidos, motivações e sentimentos (muitas vezes ambíguos, mas sempre fascinantes) que envolve o terrorismo revolucionário do século XIX".
Quem quiser adquirir o livro é só entrar em contato com Thiago Lemos Silva atráves do e-mail: thiagobakunin@yahoo.com.br |
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