"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/10/28

extraindo conceitos

Viagem aos Estados Unidos - (1831-1832)

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Viagem aos Estados Unidos, 1831-1832 é um relato de viagens, dentre outros escritos pelo autor, tal como Viagens à Inglaterra e à Irlanda (1835).

Em missão especial do governo francês para pesquisar o sistema penitenciário, Tocqueville parte para os Estados do Novo Mundo com “o objetivo verdadeiro e premeditado” de “[estudar as] instituições e [os] costumes da sociedade americana”, conforme relata seu companheiro Gustave de Beaumont.

Depois de realizar o trabalho sobre as prisões para o qual havia sido designado, Tocqueville viajou pela América do Norte buscando apreender o máximo possível a conjuntura e a história locais.

Em Viagem aos Estados Unidos, 1831-1832, o autor apresenta, em forma de diário, suas impressões e entrevistas com pessoas locais, iniciando por sua passagem por Nova York, em 29 de maio de 1831, indo até sua estadia em Washington, em 30 de janeiro de 1832 e passando por diversas outras cidades.

Com uma observação atenta e uma impressionante capacidade de apreensão da realidade, Toqueville apresenta elementos que permitem uma compreensão sociológica e política dos Estados Unidos e do Canadá naquela época.

Dentre os temas apresentados destacam-se:

as instituições políticas, a democracia, o colonialismo, a escravidão, o sistema judiciário, os comportamentos sociais , a cultura predominante, os indígenas, o processo de urbanização, a religião, a situação da mulher e a liberdade de expressão.

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Alexis Henri Charles Clérel / Alexis de Tocqueville, (Paris, 1805—Cannes, 1859), pensador político, historiador e escritor, tratou de temas como a Revolução Francesa e a democracia americana e ocidental.

Membro de uma família aristocrática, Alexis de Tocqueville parte com o irmão para a Itália em 1826. Em 1827, volta à França e é nomeado juiz auditor, a despeito da pouca idade.

Escreveu o clássico A democracia na América, cujo primeiro volume foi publicado em 1835 e o segundo em 1840. Com a redução no limite mínimo de idade para a candidatura à Câmara dos Deputados, Tocqueville pôde concorrer em 1836, ainda que não tenha sido eleito.

Logra êxito em 1839, pela primeira vez, e, reelegendo-se posteriormente, permanece na Câmara até o golpe de 1851, que leva Luis Napoleão ao poder.

Denunciando na imprensa inglesa a farsa bonapartista, tem de afastar-se da política e dedica-se, a partir de então, aos estudos e à publicação de obras sobre história e política, esforços que o consumirão até o final da vida.

Tocqueville é um dos grandes representantes do pensamento liberal clássico, com participação ativa na política francesa de seu tempo.

Além de A democracia na América, publicou: Du système pénitentaire aux États-Unis et de son application en France (Do sistema penitenciário nos Estados Unidos e da sua aplicação na França, 1833), Mémoire sur le paupérisme (Memória sobre o pauperismo, 1835) e O antigo regime e a revolução (1856).

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Plínio Augusto Coêlho é tradutor desde 1984, quando fundou a Novos Tempos Editora, em Brasília, dedicada à publicação de obras libertárias.

A partir de 1989, transfere-se para São Paulo, onde cria a Editora Imaginário, mantendo a mesma linha de publicações e traduzindo dezenas de obras, dentre elas: Escritos sobre arte, de Boudelaire (Hedra, 2008), Joana D'arc, de Jules Michelet (Hedra, 2007) e Viagens à Inglaterra e à Irlanda, de Toqueville (Imaginário, 2000). É idealizador e co-fundador do IEL (Instituto de Estudos Libertários).

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Gustave de Beaumont (1802-1866) foi colaborador e amigo de Tocqueville, acompanhando-o em suas viagens. Seu nome é permanentemente associado ao de Tocqueville e suas realizações.

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