"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/12/19

questões urbanas

Terrorismo de Estado e a Insegurança Pública das Ações Policiais no Rio de Janeiro (02)

Segundo os dados, nas 12 comunidades do maior complexo de favelas da cidade,

* 15% das residências não contam com rede de esgoto;

* 36,43% dos chefes de família têm menos de quatro anos de estudo; um em cada 11 moradores com mais de 15 anos de idade é analfabeto;

* na faixa etária entre 15 e 17 anos, 11,37% das meninas já são mães;

* 60,55% dos trabalhadores ganham, no máximo, dois salários mínimos;

* na faixa etária dos 15 aos 17 anos, 27,83% dos jovens não freqüentam a escola.

Mesmo assim, as ações que vemos por parte do governo em nada se voltam para a reversão desse quadro calamitoso.

Pelo contrário, os sucessivos governos roubam e espancam camelôs através da Guarda Municipal; reprimem os sem-terra, favorecendo assim o êxodo rural e o aumento de favelas...

O mesmo Estado que diz querer resolver o problema das favelas ataca o movimento sem-teto, fazendo, com isso, que famílias deixem de viver de maneira comunitária e harmônica em ocupações e sejam obrigadas a residir em morros labirínticos, facilmente domináveis por traficantes e milícias opressoras.

A verdade é que o Estado não quer resolver o problema das comunidades carentes, mas sim favorecer grandes comerciantes, latifundiários e a especulação imobiliária.

O curioso é que alguns políticos, mesmo aqueles que se notabilizam pela defesa de políticas humanitárias, não têm feito muito para impedir a ascensão de um Estado policialesco.

É o caso do deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL-RJ) – aliás estrela, na pele do personagem "Fraga", do comemoradíssimo "Tropa de Elite 2", do não menos "comemorado" liberal José Padilha – que pregou em seu recente discurso na ALERJ:

mais recursos públicos para a PM, mais armamentos, mais "inteligência" e maiores salários para os policiais.

Assim, a julgar pelo discurso de Freixo, em que pese algumas outras sugestões previstas em um contexto de “estado de direito”, este prescreve medidas no sentido do aperfeiçoamento das principais instituições repressivas (polícias, exércitos etc.), nas suas funções de defesa da propriedade privada e da legalidade burguesa.

Dentro da perspectiva capitalista, essas são propostas coerentes, mas querer chamar isso de Socialismo é clara hipocrisia.

Hipocrisia também é o que podemos observar na maioria das coberturas que a imprensa tem feito ultimamente.

A mídia burguesa brasileira (Rede Globo, SBT, Record e outras porcarias) têm transformado a cobertura das incursões policiais em verdadeiros shows, onde o sensacionalismo e a bajulação do governo e suas polícias marcam forte presença.

Só que, para boa parte dos moradores das favelas cariocas, as invasões policiais nas comunidades pouco têm de heróico, bonito ou glamouroso.

segue...


fonte: http://www.farj.org/

4 comentários:

Anônimo disse...

Olá,

Creio que, por infelicidade, ou manipulação mesmo, foi colocada foto com legenda informando/induzindo ser da Vila Cruzeiro. Com certeza não é de lá.

sds, Eu

O HOMEM REVOLTADO disse...

calma gente, pelo andar da carruagem chegaremos lá rapidinho, rapidinho....

Anônimo disse...

tom jobim:

"Fundamental é mesmo o amor, é impossível ser feliz sozinho"

Anônimo disse...

caetano velloso:

“Qualquer maneira de amor vale a pena. Qualquer maneira de amor vale amar”