"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2011/02/05

visões antropofágicas

OS DESPOSSUÍDOS VÃO À LUTA!


por  el_brujo

Uma onda tsunâmica de revoltas (manifestações e motins de ação autônoma)  vêem percorrendo o velho, e também, o velhíssimo mundo:

da Grecia para a Tunísia; da Tunísia para o Egito; do Egito para a Jordânia, o Iêmen, a Argélia, etc.

Revoltas sem donos, ou mandatários, ou messias salvadores da pátria mãe dos endinheirados...

Revoltas que buscam por ar puro, pois as ditaduras que teimam em perpetuar-se por mais de três décadas sufocando a vida, a criatividade e a singularidade dos indivíduos (sujeitos) que não se assujeitam à servidão voluntária ou imposta pela opressão do Capital, do Estado e/ ou Teológica.

Revoltas que expõem a força da sua beleza nos burburinhos  do  cotidiano das escadarias, praças, avenidas, ruas, vielas e esquinas:


espontaneidade, autonomia, autodisciplina, consciência de sua alienação, tesão, solidariedade, vontade de potência, autodeterminação, etc.; que visam principalmente o exercício das práticas de liberdade.

E os gananciosos "senhores dos anéis"  interrogam boquiabertos:

quem são esses tais "terroristas revoltos"?

Uma miríade de anônimos, pessoas comuns do nosso dia-a-dia; e que migram para os centros urbanos, transitando ao vento em busca da própria sobrevivência:

são homens e mulheres que dizem não às hierarquias de gênero; os pobres excluídos e albergados nas periferias; jovens estudantes e/ ou trabalhadores; desempregados etc.

"A vontade e o desejo" dos revoltosos estão “transformando a face da região [sul da Europa e norte da África], dando arrepios aos mandarins de Washington (E.U.A/norte) e Tel Aviv (Israel)" [José Antonio Gutiérrez D. (Anarkismo.net: 01.02.11)]

Diante  dessas revoltas espontâneas que, sem destino ou futuro predeterminado,  vagueiam soltas — por hora!?  nos mares do mediterrâneo, Pierre-Joseph Proudhon (1809 — 1865) nos interrogaria:

o “que nos falta para realizarmos a obra que nos foi confiada?

Uma só coisa:

A prática revolucionária!... 

O que caracteriza a prática revolucionária é que ela já não procede por pormenor e diversidade, ou por transições imperceptíveis, mas por simplificações e por saltos.


Anônimo disse...



"É o começo de uma nova era, as massas estão se sublevando e a sua liberdade está em jogo, as tiranias tombam... Sem dúvida estamos a assistir ao nascimento de um mundo novo."

Mazen Kamalmaz, da Síria - editor do blog anarquista árabe 



http://www.ahewar.org/m.asp?i=138
5/2/11


Um comentário:

Anônimo disse...

"É o começo de uma nova era, as massas estão se sublevando e a sua liberdade está em jogo, as tiranias tombam... Sem dúvida estamos a assistir ao nascimento de um mundo novo."

Mazen Kamalmaz, da Síria - editor do blog anarquista árabe http://www.ahewar.org/m.asp?i=138