"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2011/10/17

extraindo conceitos

é só balançarmos que ele cai,
e  já  cai  tarde...

por el_brujo




"O poder, como uma praga que elimina, contamina tudo que toca, e a obediência, o pesadelo de qualquer carisma, virtude, verdade e liberdade, torna as pessoas escravas, e o homem uma máquina"

Percy Bysshe Shelley 

Ainda estou  estarrecido (sic?!), mesmo tendo passado algumas semanas, com a postura repressiva do ditador-em-chefe da república boliviana (evo morales) e que,  para tal, utilizou-se em profusão do gás de pimenta, de bombas de gás lacrimogêneo, das cacetetadas a dar com pau, dos tiros com armas de fogo à rodo, etc...


A tresloucada reação se deu diante da resistência da população indígena ao avanço do tapete  negro do  'progresso'  capitalista, isto em terras demarcadas e protegidas (reservas ambientais) para uso fruto dos descendentes diretos dos indígenas amazônicos das etnias Moxeño, Yuracaré e Chimane.

Todos nós sabemos que por traz dessa ação intimidatória do autodenominado "libertador do povo boliviano" (e, também, o mais novo porta-bandeira dos "cannibais verde-amarelo") está o emprestimo do governo brasileiro para o mercosul.


Empréstimo este, que se deu, via financiamento do B.N.D.S. para que a empreiteira pertencente à família do falecido senador "toninho malvadez" (a baianíssima  O.A.S.) construa uma rodovia  para o escoamento da produção agrobusiness das regiões norte e centro-oeste do Brasil, isso pelo quadrante oeste do continente sul-americano. 


Esta rodovia sai do estado de Rondônia, passando pela Bolivia em direção às águas quentes do Oceano Pacífico nas costas do Chile e do Peru...


Está claro que este "investimento" tem seus olhos (marejados  na  ganância!) para o promissor mercado  chinês com um bilhão e quinhentos milhões de potenciais consumidores, já que eles, "os chinas",  estão ávidos por carne bovina, frango, porco, soja, algodão, petróleo & gás, álcool  e o que mais vier...


Portanto, não faz sentido acreditar 


1.- que na gestão da política burguesa as "lideranças" operárias venham a ser melhores gestores (mais susceptíveis as demandas dos trabalhadores e outras minorias) que os patrões; 


2.- que uma suposta  "sensibilidade"  feminina seja um instrumento mais eficiente de gestão que o  "espírito competitivo"  latente no patriarcado masculino; 


3.- que a opção sexual de 10% da população venha a potencializar soluções mais  humanitárias nas relações de poder, que hoje vigoram nas sociedades dominadas pelos valores ocidentais (eficiência máxima nos resultados das ações humanas); 


4.- que os tecnocratas - adestrado nos corredores das academias burguesas - possam vir a ser superiores na solução das questiúnculas  contemporâneas (as tais discrepâncias abissais entre o topo e a base no mundo    do trabalho) que os analfabetos lapidados na luta pela sobrevivência; 


5.- ou ainda, que os descendentes diretos dos indígenas são  mais dignos da nossa confiança  que os descendentes dos colonizadores (invasores) europeus.


E sem acreditar na ilusão de que as estruturas verticais preconizadas pela burguesia capitalista, e  reafirmada por uma parte significativa da "petit bourgeoisie", possam viabilizar uma relação igualitariamente digna entre os "homo sapiens et demens", reafirmo mais uma vez, diante dos fatos deploráveis expostos logo acima (autonomia indígena versos dependência colonizadora do ocidente), uma máxima anarquista que nunca envelhece: 




VOTE NULO, 



NÃO SUSTENTE PARASITAS!




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