"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2012/03/21

indicação de leitura

Contos de Sebastopol


·         Autor: Liev Tolstói
·         Tradutor: Sonia Branco
·         ISBN: 978-85-7715-25
·         Ano: 2011
·         Edição: 1ª
·         Páginas: 160
           Contos de Sebastopol constitui-se por três relatos escritos em momentos distintos da Guerra da Crimeia. Tendo servido como segundo-tenente num regimento de artilharia durante a guerra, Tolstói reconta com minúcia episódios ocorridos durante o cerco de Sebastopol, ao mesmo tempo em que tece uma crítica contundente aos horrores da guerra. No entanto, seu veio narrativo, realizado com grande sabor, não se limita a simples descrições nem ao mero relato de fatos. Conhecedor atento da alma humana, Tolstói a explora com perspicácia, pintando com detalhes as reações dos soldados e oficiais diante das atrocidades vivenciadas e a luta por eles travada entre o desejo de escapar de situações-limite e o anseio de glória e condecorações. Os contos de Sebastopol, inéditos em português, constituem um livro extraordinário, não só pela habilidade e fineza com que o autor trata de situações vividas por ele mesmo, como pelo retrato que oferece ao leitor do desenvolvimento de um autor que irá se tornar um dos maiores expoentes da literatura universal. Tradução inédita em língua portuguesa, direta do russo.

 Liev Tolstói (1828-1910) nasceu em uma família da alta nobreza, ficou órfão ainda pequeno e recebeu de herança a propriedade Iásnaia Poliána, onde viveu a maior parte de sua vida, e que veio a se tornar fonte primordial para o desenvolvimento de suas idéias e ações. Sem completar nenhuma formação e entediado com a vida aristocrática, engajou-se, em 1851, nos exércitos do Cáucaso, seguindo depois para a Guerra da Crimeia. Nessa mesma década, escreveu suas primeiras obras, já obtendo boa recepção de crítica e público. Nos anos 60, dedicou-se a atividades pedagógicas fundando escola em suas terras, e iniciou-se o ciclo dos seus grandes romances. Nos anos 80 atravessou crise de ordem moral e religiosa que marcou sua produção literária. Em 1910, deixou suas terras para tornar-se peregrino, mas, dias depois, contraiu uma pneumonia, vindo a falecer na pequena estação ferroviária de Astápov. 

Sonia Branco é professora de Literatura Russa na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro, com pesquisas e publicações na área de crítica literária russa do século XIX, e membro fundador da Sociedade Brasileira Dostoiévski e do Centro Brasileiro de Estudos Russos. Traduziu Os cossacos de Tolstói,  Águas de primavera de Turguêniev e a peça A tempestade, de Ostróvski, obras ainda não publicadas. 

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