"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2012/04/02

extraindo conceitos



SEGUNDA-FEIRA, NOVEMBRO 21, 2005


TESES SOBRE PROUDHON


I


A Filosofia consiste em fazer da vida um constante combate contra a ignorância.


Fazer  filosofia é fazer o mundo. Fazer o mundo modificando-o. Só se toca o real transformando-o. O mundo é um todo organizado com sentido. Só então filosofar é interpretar, filosofar é criar, é construir. A filosofia tem um teor englobante. A pergunta que se coloca bem à nossa frente neste momento é a pergunta pelo como. Não posso compreender uma pessoa que não seja disciplinada.

 O domínio político, o domínio ideológico, esmaga o nosso viver que naturalmente quer ser livre e não estar sujeito a categorias formais desta espécie. A filosofia, como eu a entendo, estabelece um fosso com o político. A filosofia é obra. Fazer filosofia implica realizar uma obra nem que isso seja a vida de um homem.

A obra de filosofia está de acordo com a frase latina:  “Opus artificem probat” [ A obra revela o artista]. A obra mostra o artífice. A primeira verdade ontológica é que a verdade do ser é limitado pelo seu corpo.

Um bilhão de pessoas não sabe ler nem escrever. Dois bilhões de pessoas não têm acesso a energia eléctrica. Mais de metade da população mundial não tem acesso a água potável. Três bilhões de pessoas vive com dois dólares por dia. Um bilhão e meio vive com um dólar. Vinte por cento da população mundial não ultrapassará a barreira dos 40 anos. Quase dois bilhões é o valor anual, em contos, que os americanos gastam em cosméticos. Mais quinhentos milhões que a quantia estimada para que toda a população mundial pudesse ter acesso à educação básica.

Vinte por cento da população dos países ricos, que atualmente, consome oitenta e quatro por cento dos bens mundiais, tinha, em 1960, trinta vezes mais rendimentos que vinte por cento da população dos países mais pobres. Em 1997, esta diferença subiu para setenta e quatro vezes.

Segundo as contas oficiais seriam necessários cem mil milhões de dólares para acabar com a fome e dar condições mínimas a todos os pobres do mundo. Número verdadeiramente assombroso, sobretudo se for mencionado como um dado absoluto. Mas se dissermos que a fortuna dos 7 homens mais ricos do mundo chegava e sobrava para pagar este valor exorbitante, que pensar disto?


Estes dados são demasiado importantes para termos qualquer tipo de dúvidas sobre a situação aviltante que o mundo capitalista criou e continua a criar apesar dos discursos altissonantes de justiça social, direitos humanos e outras expressões vazias de sentido porque não há comparticipação na realidade social onde vivemos e onde sentimos
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