"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

........

2009/05/26

extraindo conceitos

Minha Pátria é o Mundo Inteiro...

Aos primorosos cuidados da editora lisboeta Livraria Letra Livre vem a público – para nosso deleite – a tese de doutoramento do ‘compa’ Samis*.

Esta é uma pesquisa historica sobre o militante Gregório Nazianzeno Moreira de Queirós (1878-1920) apresentada à Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006. E que se transveste, agora, em livro: “‘Minha Pátria é o Mundo Inteiro’: Neno Vasco, O Anarquismo e o Sindicalismo Revolucionário em dois Mundos, 455 págs.; Lisboa/ Portugal; 2009.
.
Alexandre nos alerta, em seu resumo da tese, que este meticuloso trabalho biográfico “[...] tem como objetivo analisar a trajetória pessoal e política do anarquista português Neno Vasco.
.
Este libertário, ao atuar no movimento operário no Brasil e em Portugal, contribuiu sobremaneira para a formação do patrimônio teórico que caracterizou a corrente geralmente identificada como sindicalista revolucionária e dos setores anarquistas vinculados à mesma.
.
Além disto, a investigação permite entender as sociabilidades políticas, caracterizadas pela ausência de hierarquias ou ascendência intelectual de determinado grupo étnico sobre o contingente de militares brasileiros.”
.
*#*
.
Em um outro momento de reflexão [“Pavilhão Negro sobre Pátria Oliva: sindicalismo e anarquismo no Brasil”. In: História do Movimento Operário Revolucionário; São Paulo/ Brasil; Editora Imaginário; 2004] sobre a efervescência do nascente movimento operário do início do século XX, o Samis traz a tona que o enfrentamento direto ao Capital – e às suas bases de sustentação ideológica (o Estado e a Igreja) – é de maior importância na construção de uma consciência transformadora dessa situação de exploração desumana promovida pelo capitalismo à época.
.
E que através da Ação Direta – pela assídua militância anarquista no movimento operário, com sua postura claramente revolucionária – se pôde constatar que “foi, sem sombra de dúvidas, o sindicalismo revolucionário o responsável pelo primeiro vetor social conseguido pelos anarquistas nos grandes centros brasileiros.
.
Como queria Malatesta, os anarquistas deveriam entrar em todos os campos que suscitassem as contradições do capitalismo, e lá fazer com que funcionassem da forma ‘mais libertária possível’. No meio sindical a orientação não era diferente.”

Para adquirir estas obras (informe-se primeiro sobre os custos por exemplar e, também, com as despesas de postagem) faça contado direto com à Faísca Publicações Libertárias através do seguinte e-mail:
vendasfaisca@riseup.net.

*Alexandre Samis é professor, historiador do movimento anarquista-sindicalista e militante da FARJ (Federação Anarquista/ Rio de Janeiro)

Nenhum comentário: