"É irrefutável que a Escola Moderna de Ferrer inscreve-se num vasto movimento educacional e de vulgarização dos conhecimentos que a Espanha progressista e popular, havia muito, e particularmente ao final do século XIX e começo do século XX, desencadeava."
Ramon Safon
Consideramos que Bakunin, Paul Robin e Ferrer y Guardia defendiam um novo tipo de educação e os métodos ativos, com a finalidade de preparar os estudantes para o trabalho e também incentivar a militância.
Respeitavam a liberdade da criança, sua espontaneidade, as características de sua personalidade, sua independência, seu juízo e espírito crítico. Essas propostas educacionais iniciaram a discussão sobre a educação integral.
Podemos perceber que os intelectuais da pedagogia libertária buscavam instaurar uma nova mentalidade no processo educacional, incorporando as discussões epistemológicas do século XIX e travando a luta contra a desigualdade e pela emancipação do homem. Defendiam uma educação que buscava a transformação.
Consideraram que para enfrentar o processo de dominação seria preciso criar instituições escolares que desenvolvessem uma proposta que possibilitasse a formação plena do homem, a partir de uma nova mentalidade.
Na verdade, era preciso instaurar uma visão de mundo baseada em valores tais como: solidariedade, cooperação, igualdade e liberdade.
Com essa intenção criaram suas escolas, com a intenção de começar um processo de combate a visão subalterna de mundo e proporcionar uma visão de mundo racional e crítica para desenvolver uma sociedade libertária.
Esses intelectuais tinham como meta a formação de uma nova consciência e de vontades libertárias. Podemos afirmar que eles consideraram educação racional como um instrumento fundamental para lutar contra o autoritarismo, a opressão e a exploração.
* http://www.histedbr.fae.unicamp.br/
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O Racionalismo Combatente:
Francisco Ferrer Y Guardia
RAMON SAFON
[...] A Escola Moderna tenciona combater todos os preconceitos que impedem a emancipação total do indivíduo, e é por isso que ela adota o racionalismo humanista, que consiste em inculcar na infância o desejo de conhecer a origem de todas as injustiças sociais a fim de que, por esse reconhecimento, ela possa, em seguida, combatê-las e opôr-se a elas.
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