"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/03/29

extraindo conceitos__39

Instituto Socioambiental de Valéria

quinta-feira, 25 de março de 2010


Eduardo Nunes - ISVA

É impressionante o poder da escola, da religião, da mídia, das empresas e do Estado. Um poder de controlar, de mudar opiniões, comportamentos e atitudes.

A vida moderna fascina a todos com seus celulares, lap top’s, automóveis e TV’s. Ao lado de tanta tecnologia, a cultura também é transformada, uma tecnocultura – pautada no descartável – aparece e desaparece como nuvens tropicais levadas ao sabor do vento.

Tudo é mensurado, calculado e desperdiçado sem maiores problemas. Bombas são fabricadas de forma cada vez mais eficientes, no sentido dos seus efeitos letais.

É preciso utilizá-las, pois, assim como os remédios de laboratórios, têm um prazo de validade, aquelas que não forem utilizadas irão para o lixo.

Os Estados e mais precisamente suas forças armadas defendem a necessidade de se armarem cada vez mais, pois no futuro, algum outro país poderá vir a fazer pressão para tomar seus recursos e então urge a necessidade de mais armamentos.

Nesta loucura que se transformou o mundo, ficamos preocupados com os meninos de nossas ruas, os assassinos e os policiais e os ladrões de nossas cidades, os vendedores de tóxicos e entorpecentes (VTE) e assim por diante e, pior, nem sabemos quem são nossos vizinhos e quando sabemos por vezes nos assustamos.

Nesta loucura, ficamos pasmados com os discursos de solidariedade, cooperação, paz, liberdade, fraternidade defendidos por todos e negados logo em primeira instância por muitos. Para onde vai tudo isso, todo esse discurso quando se tramam guerras, golpes?

Quando se morre tanta gente de fome, ou por falta de cuidados com a saúde ou por falta de condições de habitações. Para onde escoa o discurso dos poderosos, onde estará o vertedouro dessas imundícies e dessas canalhices e como se desfazer de tudo isso?

É tempo de decidir o que queremos. Teremos fôlego para criarmos um mundo novo admirável, vivenciado, verdadeiro? ... Mas, quem quer uma nova utopia, nesse corre-corre, nesse dia-a-dia, do fast food, do ônibus lotado e do trânsito parado?

Como parar para desejar algo diferente, se não tem nem tempo para pensar no dia seguinte da vida real, do outro dia logo após outro e mais outro e, logo chega o fim de semana e tem o macarrão, o casamento da sobrinha, o aparelho de TV ligado no melo-cômico-dramático.

Ou seja, no melancólico final do fim de semana, para aqueles que podem desfrutar dessas 48 horas sem ter que suportar a mediocridade de um emprego que lhe avilta, diminui e estraga toda a sua dose de doçura, amor e esperança em um mundo melhor nas próximas 24 horas.

fonte:

Aldous Huxley:

“O bem da humanidade deve consistir em que cada um goze o máximo de felicidade que possa, sem diminuir a felicidade dos outros”

Um comentário:

Anônimo disse...

josé oiticica filho:

"Não se prenda ao ‘não pode’. Tudo pode ser feito, porém com gosto."