"O anarquismo defende a possibilidade de organização sem disciplina, temor ou punição, e sem a pressão da riqueza."

emma goldman

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2010/04/23

extraindo conceitos

sábado, 8 de março de 2008

A CULPA É DA CIÊNCIA?!
por José Carlos Orsi MOREL

... se vê, pouca coisa muda sob o céu do capitalismo, apesar do grande esforço da máquina de propaganda dos empresários e do governo dizer o contrário. A recente onda sobre o computador, a INTERNET e os denominados negócios eletrônicos são a testemunha viva disto.

Levantamentos europeus mostraram que em 1999 o número de endereços eletrônicos do mundo mal chegava à 10% da população mundial e que, além disto cerca de 35% da população mundial sequer tinha acesso ao telefone, ficando pois liminarmente prejudicada no acesso à rede mundial de computadores.

Não obstantes ouvimos loas histéricas ao “novo mundo que se abria”, à “mundialização” e ao advento do “cidadão midiático” (afinal, que diabo é isto?).

A NASDAQ foi criada em New York justamente para separar os negócios das “companhias virtuais” dos negócios da bolsa em geral, como se tratasse de uma aristocracia dos negócios. A crise da NASDAQ, à partir do ano 2000 e principalmente à partir de 11 de setembro de 2001, veio a demonstrar cabalmente – como se necessário fosse – a fragilidade e a vigarice que se ocultam por trás deste mundo de “negócios”.

A maioria das pessoas continua hoje sem acesso à Internet, exatamente como há vinte anos atrás e muitos dos negócios do mundo são tocados à moda tradicional. Conhecemos mesmo casos, nas pequenas indústrias químicas e metalúrgicas, de reversão desta tecnologia, que propiciava curtos-circuitos da cadeia de mando, pequenas falcatruas resistências enfim dos trabalhadores em uma plataforma muito adequada à isso.

Ao atingir este ponto muitas empresas começam a atuar em um espírito “anti-internet”, procurando vigiar e centralizar os fluxos de informação, o que é justamente o contrário da proposta original desta tecnologia.

In: Sistema das Contradições Econômicas ou Filosofia da Miséria de Pierre-joseph PROUDHON: CAPÍTULO IV, Segunda Época – As Máquinas, § II – Contradição das máquinas. Origem do capital e do salariado, nota do tradutor nº. 28, pág. nº. 240.

p.s.: o título é de responsabilidade do editor deste blog (pão, tesão & autogestão).

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